Expansão da Rio Tinto abre espaço para pólo siderúrgico em MS

Por Denise Luna

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A expansão da Rio Tinto no Brasil, projeto que envolve investimentos de 2,15 bilhões de dólares para produzir 12,8 milhões de toneladas de minério de ferro a 1885434484 em Corumbá (MS), informou o diretor financeiro e de recursos humanos da Rio Tinto Brasil, Aloísio Oliveira.

 

A logística era o maior desafio para a expansão da Rio Tinto no país, segundo Oliveira, mas a evolução do preço do minério e as boas perspectivas de demanda futura, puxada pela China, 1734439521

 

O projeto de Corumbá estava na gaveta desde o início desta década.

 

“Se o preço fosse o de cinco anos atrás não estaríamos aqui hoje”, disse nesta quarta-feira Oliveira a jornalistas.

 

Na terça-feira, a empresa anunciou investimentos de 2,15 bilhões de dólares para expandir suas atividades em Mato Grosso do Sul. [ID:nN29328641]

 

Oliveira afirmou ainda que analisa áreas no Pará e na Bahia em busca de mais minério e bauxita, e que está aberto a todas as oportunidades que aparecerem.

 

A empresa, segunda maior mineradora do mundo e que busca se valorizar para evitar uma compra pela BHP, conseguiu este ano ajuste do minério maior do que a Vale, rompendo uma tradição de anos das mineradoras seguirem o mesmo índice do primeiro contrato fechado.

 

Ainda em fase de estudo de viabilidade por duas empresas, cujos nomes Oliveira ainda não pode revelar, o pólo siderúrgico de Mato Grosso do Sul poderá ter a adesão de mais três, informou.

 

O volume de aço a ser produzido vai definir o início da segunda fase da expansão da única mina da Rio no país, para 23,2 milhões de toneladas, informou o executivo.

 

A empresa já explorou ouro e níquel no Brasil, mas se desfez das minas entre 2003 e 2004 já que esses metais deixaram de ser foco da companhia. A mina de Corumbá foi adquirida do 1701671026

 

Oliveira informou que os dois investidores internacionais já estão finalizando estudos de viabilidade, e que espera no mínimo produção de 1 milhão de toneladas de aço no local.

 

“O pólo terá muitos investidores e poderá tomar direções diversas (do tipo de produto), mas deve ser mais de 1 milhão de toneladas (por ano)”, disse Oliveira, informando que já conversou 1668246816

 

DENTRO DO PRAZO

 

Ao contrário da Vale, que tem atraído parceiros siderúrgicos para dentro do país com a garantia de uma participação minoritária, a Rio Tinto não será sócia dos projetos siderúrgicos, mas 1952805601

 

“Por isso ainda não fechamos 100 por cento das exportações da expansão, porque parte poderá ir para o pólo”, explicou, afirmando, no entanto, que alguns contratos já estão garantidos a 1885434484

 

Ele estimou que a licença ambiental prévia para a primeira fase será concedida em agosto, tanto para a mina como para a logística. As licenças de instalação e de operação estão sendo 1634170209

 

Para aumentar em seis vezes as vendas de minério de ferro a partir do Brasil, a Rio Tinto terá que elevar o número de barcaças que transportam a commodity da companhia pelo rio Paraguai até o Uruguai, de onde é exportado, de 134 para cerca de 280.

 

O número de barcos empurradores também terá que crescer e a construção deles poderá ser feita no Brasil, se houver espaço nos estaleiros, disse Oliveira, e dependendo do preço.

 

O total a ser investido dentro do Brasil, de acordo com o diretor de operações da Rio Tinto Brasil, José Luiz Carvalho, vai depender da capacidade dos estaleiros e dos preços que serão conseguidos.

 

Dos 2,15 bilhões de dólares, apenas 10 por cento será investido na mina em Corumbá, informou Carvalho. Cerca de 48 por cento do total, ou 1 bilhão de dólares, será para compra de barcaças e empurradores.

 

Os recursos restantes serão usados na construção de um porto em Albuquerque (MS) e outro no Uruguai, na região de Agraciada, investimentos de 250 e 320 milhões de dólares, respectivamente. 542469473 custará 450 milhões de dólares.

 

(Edição de Roberto Samora)